Contexto e história

A Paróquia de Amora situa-se na península de Setúbal, ao sul de Lisboa, a 10 Km da margem esquerda do Tejo, no eixo da estrada Lisboa – Setúbal. É uma das maiores paróquias da Diocese de Setúbal e está integrada na Vigararia (agrupamento de paróquias) do Seixal.

A Freguesia de Amora é mencionada na Crónica de D. João 1º de 1384. É muito provável que tenha sido o Santo Condestável Nuno Álvares Pereira (1360-1431) a marcar a formação da Comunidade de Amora na segunda metade do século XV. Ele era o proprietário das terras ribeirinhas da baia do Seixal. Foi ele, provavelmente, que mandou erigir a primeira capela dedicada a Nossa Senhora do Monte Sião.

Os primeiros assentos religiosos (de baptismo) são de 1609, data que se pode considerar como começo oficial da Paróquia. De aldeia constituída maioritariamente por pescadores e grandes quintas, transformou-se num núcleo citadino de apreciáveis dimensões.

Segundo uma nota histórica da Junta de Freguesia de Amora, no ano de 1527, Amora registava acerca de 50 habitantes. No início do século XVII, registava 60 fogos e 250 habitantes. No início do século XIX, 256 fogos e 1100 habitantes.

Em 1971, os cuidados pastorais foram confiados à Congregação dos Missionários de São Carlos para os Migrantes (Scalabrinianos).

Em 1974, a zona de Corroios foi declarada Paróquia independente de Amora, e a Paróquia de Amora passou a integrar a Diocese de Setúbal aquando da criação desta em 1975 (até então a Paróquia pertenceu ao Patriarcado de Lisboa).

Foi precisamente entre 1970 e 1980 que a Paróquia teve a sua maior transformação. Devido à descolonização e à construção da Ponte 25 de Abril, estabeleceram-se na zona retornados e migrantes das antigas colónias, modificando a realidade social e pastoral.

Nos censos de 2011, Amora contava com 48.629 habitantes. Com o crescimento da população, foi necessário construir uma Igreja maior que pudesse não só apoiar as celebrações como também as várias actividades de apoio social.

A comunidade da Amora é constituída actualmente na sua maioria por migrantes internos e de outros países, sobretudo das antigas colónias portuguesas. Actualmente a comunidade migrante mais numerosa é a cabo-verdiana. O primeiro desafio é de criar um espírito de comunidade, numa população tão diversificada.

Festas Paroquiais

  • Festa da Padroeira é celebrada no dia 15 de Agosto  (Festa Principal). A Festa prolonga-se tipicamente entre 12 a 15 de Agosto.
  • A Festa dos Povos e do Beato Scalabrini, no primeiro domingo de Junho, pretende reunir, de uma só vez, todas as comunidades migrantes presentes no território da paróquia.
  • A Festa de Nosso Senhor do Bonfim (Foros de Amora) é celebrada na segunda semana de Julho.

Dado o carácter multi-cultural da Paróquia, a actividade pastoral dá espaço a cada comunidade:

  • A comunidade Brasileira celebra a Festa de Nossa Senhora Aparecida no 2º Domingo de Outubro.
  • A comunidade São-Tomense celebra a Festa de São Tomé no Domingo antes do Natal.
  • A comunidade Goesa (Índia) celebra a Festa de Nossa Sra. do Perpétuo Socorro no último Domingo de Junho.
  • A comunidade Cabo-verdiana celebra anualmente uma festa que pretende reunir todos os imigrantes de origem africana no primeiro Domingo de Julho.